Não sou bom o suficiente
Sobre não se sentir bom o suficiente.
Quando o trauma de apego está presente na vida de alguém, decerto teremos um trauma de desenvolvimento emocional em torno de relacionamentos, que por consequência, irão impactar e influenciar nosso senso de identidade, ou seja, como nos sentimos sobre nós mesmos e, portanto, internalizamos algumas crenças fundamentais sobre quem somos, contudo, essas crenças não são bonitas, são dolorosas e são duras.
Por vezes surgem ideias como:
– Eu não tenho importância
– Eu não sou bom o suficiente
– Há algo de fundamentalmente errado comigo
E os sentimentos que isso produzem são: de desprezo, vergonha, nojo, sentir-se envergonhado por ser você mesmo; em seguida, sentir nojo por ter suas próprias necessidades e vontades, finalmente ter vergonha por sentir-se envergonhado.
Você provavelmente cresceu em um lar disfuncional ou tóxico.
Se você se sente como se não fosse bom o suficiente provavelmente cresceu em um lar disfuncional ou tóxico, e a maneira como se manifestou na sua vida é a co dependência, atraindo pessoas narcisistas para sua vida tendo relacionamentos unilaterais e não sabendo o que você está fazendo de errado ou como é que você está contribuindo para essa dinâmica.
Até os sete anos estamos em um estado receptivo
Você talvez não saiba que até os sete anos estamos em um estado receptivo onde nossos pais têm o poder de imprimir em nosso cérebro tudo de bom e tudo de ruim também.
Isso não é um problema se você veio de uma família iluminada, se você teve uma mãe carinhosa, uma pessoa que torcia por você não importando o que você trouxesse como resultado, ela era sua líder de torcida, ela lhe oferecia apoio, ela lhe dizia que tudo vai ficar bem.
Mas se você vinha de um lar aonde você se sentia invisível, você se sentia indigno, e se foi criado no caos e na imprevisibilidade (como por ex. Em lares alcoólicos, com pais narcisistas, ou abusadores de qualquer tipo), seu cérebro teve que se conectar para proteção, você teve que se conectar para sobreviver.
Talvez você, assumiu responsabilidade.
Anteriormente você, talvez provavelmente, assumiu responsabilidades que estavam muito distantes considerando a sua idade, você tinha que cuidar dos irmãos mais novos ou teve que cuidar de sua mãe ou do seu pai.
Se você cresceu em uma casa como essa, seu verdadeiro eu teve que ser sufocado, você escolheu a conexão, o apego, você tem que exagerar na autenticidade, você não pode ser autentico, por que não sobreviveria se fosse, se ousasse dizer a uma mãe furiosa que estava com fome ou que tinha medo de algo, é provável que você se arriscasse que ela fosse ainda mais furiosa com você ou como resultado houvesse alguma consequência negativa.
Como você realmente se sente.
Muitas vezes você é treinado para entender que haverá uma consequência negativa se você se abrir e contar a sua família como você realmente se sente. Por vezes, seus pais não tinham condições para te dar um suporte emocional adequado, pois eles mesmo não aprenderam a trabalhar suas emoções, vieram de lares disfuncionais e igualmente, possuíam traumas emocionais.
Então até os 7 anos você está sendo condicionado a acreditar que esta é a melhor forma de viver, e assim sendo depois dos 7 anos este se torna o seu programa, torna-se a a sua assinatura emocional, torna-se a sua assinatura de relacionamento, de fato é o que você acredita sobre si mesmo.
A mente é mais subconsciente do que consciente.
E isso é muito triste porque a mente é mais subconsciente do que consciente, ademais a mente subconsciente é um milhão de vezes mais forte do que a mente consciente.
Imagine que a maioria de nós está andando por aí, pensando que estamos conscientes e nem sequer sabemos DE ONDE VEM ESSAS CRENÇAS DE que não somos bons o suficiente, não sabemos que viemos de lares traumáticos, sobretudo não despertamos para um trabalho de autoconsciência e de cura pessoal.
Não sou bom o suficiente